Com o crescimento da complexidade das empresas e do mercado nas últimas décadas, estratégias bem definidas acabam sendo um requisito necessário para que empresas permaneçam competitivas.
Conceituação de Estratégia
Resumidamente, a utilização do termo “estratégia” se popularizou com o estrategista chinês Sun Tzu, há mais de 3.000 anos, com sua obra “A Arte da Guerra”. Por muitos anos o termo foi utilizado pelos gregos para designar as ações de conduzir um exército para ganhar a guerra. Finalmente, aos meados de 320 a.C., com Alexandre, o termo “estratégia” passou de ser apenas utilizado no âmbito de guerra, para também englobar aspectos administrativos, econômicos e políticos.
Comumente quando se fala em estratégia uma visão empresarial vem a mente. E não é à toa. Ainda mais, o ramo da Administração Estratégica é um dos campos mais estudados dentro do ambiente empresarial. Dessa maneira, justamente por interferir na ascensão, queda e manutenção da empresa no mercado.
Por outro lado, não existe apenas um conceito de estratégia no âmbito da Administração, sendo conceituado por diversos autores e de diversas maneiras. Todavia, numa visão operacional e voltada a recursos, Michel (1990) define que estratégia é: “a decisão sobre quais os recursos devem ser adquiridos e usados para que se possam tirar proveito das oportunidades e minimizar fatores que ameaçam a consecução dos resultados desejados”.
Contudo, um conceito amplamente utilizado é de Wright, Kroll e Parnell (2000) que conceituam estratégia como: “planos da alta administração para alcançar resultados consistentes com a missão e os objetivos gerais da organização”. Além disso, independente da conceituação, a estratégia na Administração envolve o alcance de metas e resultados e os esforços para o alcance de tais.
Evolução da Estratégia Organizacional
Até meados dos anos 50 as organizações costumavam focar principalmente nos processos e mecanismos internos, com isso, refletindo o ambiente da época em que não havia grande competição e diversificação empresarial. Posteriormente, a partir das décadas de 60 e 70 os estudos no meio acadêmico voltados à estratégia começaram a evoluir. Devido às mudanças do comportamento do consumidor e do ambiente que se tornou complexo após o fim da Segunda Guerra, as empresas foram obrigadas a serem mais ágeis e empreendedoras frente à concorrência.
Em seguida, nos anos 60 surgiram, os modelos de análise de mercado mais tradicionais da administração, como o SWOT (Strength, Weakness, Opportunity e Threat), Matriz BGC e Curva de Experiência. Sendo um período que deu início ao avanço rápido no âmbito da estratégia organizacional. Do mesmo modo, tais modelos de análise ainda são utilizados justamente por abranger a análise interna da empresa e do ambiente externo.
Tipos de Estratégias Organizacionais
Sobretudo, diante da complexidade do mercado e da velocidade que as mudanças ocorrem no mundo corporativo. Possuir estratégias bem definidas é essencial para garantir a sobrevivência e crescimento de uma organização.
Como as estratégias organizacionais são as ações que a empresa irá tomar de acordo com seus objetivos e metas, visando seu posicionamento no mercado, elas geralmente são divididas em estratégias de curto e longo prazo. As estratégias pensadas a curto prazo envolvem mais as atividades rotineiras e funcionais. Diferentemente, as estratégias a longo prazo englobam as tomadas de decisões mais executivas e envolvem a organização como um todo.
Diversos autores da área definiram que existem diversos tipos de estratégia organizacional, utilizando diferentes critérios. Por exemplo, os autores Wright, Kroll e Parnell, classificaram os tipos de estratégia corporativa pensando na diversificação.
Nesse sentido, empresas utilizam a diversificação como uma forma de diminuir as incertezas do mercado e capitalizar em outros setores. A seguir, confira a tabela para conhecer os diferentes tipos de estratégias corporativas:
Tipos de Estratégias Corporativas |
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Estratégia Corporativa |
Tipos de Estratégia |
Definição |
Estratégias de Crescimento |
Interno | Aumento das vendas e capacidade de produção |
Integração Horizontal | Expansão por meio da aquisição de outras empresas do mesmo setor | |
Diversificação Horizontal Relacionada | Aquisição de empresa de diferente setor mas com competências essenciais que podem ser aproveitadas | |
Diversificação Horizontal Não Relacionada | Aquisição de empresa sem nenhuma relação com o setor atual | |
Integração Vertical de Empresas Relacionadas | Aquisição de empresa por meio de transferência de competências essenciais semelhantes | |
Integração Vertical de Empresas Não Relacionadas | Aquisição de empresa com diferentes competências essenciais, limitando a transferência de competências | |
Fusões | União de duas empresas por meio de permuta de ações para transferências de recursos e ganho de força competitiva | |
Alianças Estratégicas | Parcerias em que duas ou mais empresas realizam um projeto específico ou cooperam em determinada área de negócio | |
Estratégia de Estabilidade |
Manutenção sem busca de um crescimento significativo nas receitas ou tamanho | |
Estratégias de Redução |
Reviravolta (turnround) | Tornar a empresa mais enxuta diminuindo ativos, reduzindo força de trabalho e cortando custos de distribuição |
Desinvestimento | Empresa vende ou faz um spin-off (segregação parcial) de uma de suas unidades de negócio | |
Liquidação | Venda de ativos indicada quando nem a reviravolta nem o desinvestimento dão resultados |
Fonte: adaptado de Wright, Kroll e Parnell (2000) por Camargos e Dias (2003)
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Referências:
CAMARGOS, M. A. de; DIAS, A. T. Estratégia, Administração Estratégica e Estratégia Corporativa: uma Síntese Teórica, 2003. Link
MICHEL, K. Esboço de um programa de desenvolvimento administrativo intrafirma para a administração estratégica. In: ANSOFF, H.; DECLERCK, R.; HAYES, R. (Org.). Do planejamento estratégico à administração estratégica. São Paulo: Atlas, 1990.
WRIGHT, P.; KROLL, M.; PARNELL, L. Administração estratégica: conceitos. São Paulo: Atlas, 2000.
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