É comum que as empresas tenham dificuldade ao precisarem realizar mudanças organizacionais. Assim como os indivíduos, para as organizações não é fácil mudar a forma como sempre trabalharam.
Mas por que mudar? Cada vez mais, mudanças tecnológicas e de hábito no mercado exigem que as empresas sejam dinâmicas.
O período de início da pandemia da COVID-19, por exemplo, obrigou as empresas a fazer uma mudança em seu negócio. Isso envolveu um planejamento elevado e inovação para evitar o fechamento de muitas portas de inúmeras empresas do mundo.
Um exemplo é a Magazine Luiza, que investiu na plataforma digital, incentivando novos fornecedores, trabalhadores autônomos e a abertura de lojas virtuais para revender produtos da empresa. Essa implementação de mudança correspondeu a cerca de 40% dos lucros e, além disso, proporcionou renda complementar para pessoas físicas em um período delicado para a sociedade.
Em resumo, a Magazine Luiza é um exemplo claro de gestão da mudança gerida com qualidade e eficiência em um período pandêmico mundial.
Apesar dos benefícios de uma mudança serem evidentes, conduzir uma mudança, como a troca de um sistema ou a criação de um novo departamento, não é tão simples quanto parece.
Com o objetivo de esclarecer as dificuldades e possibilidades na gestão de mudanças organizacionais, organizamos os seguintes tópicos:
- O que é e quais são os benefícios da Mudança Organizacional?
- Quais são as principais dificuldades na gestão de mudanças?
- Aspectos da Gestão de Mudanças Organizacionais
- Como realizar uma Mudança Organizacional?
O que é e quais são os benefícios da Mudança Organizacional?
O debate sobre mudanças organizacionais é vasto e pode incluir vários conceitos (Santos, 2014). Em geral, as mudanças organizacionais devem sempre ser realizadas em conjunto com a estratégia da organização, seja para apoiá-la no crescimento ou na redução.
A gestão de mudanças organizacionais está diretamente ligada à manutenção da competitividade e da inovação de uma empresa (Kotter, 1999). Em outras palavras, as organizações que se adaptam e inovam facilmente ganham vantagens para permanecerem competitivas.
Além disso, as mudanças também buscam afetar as relações interpessoais entre os membros da organização e diretamente a eficiência e efetividade das empresas (Santos, 2014).
Por exemplo, a empresa que implementa uma mudança geralmente busca resultados como lucratividade, produtividade, melhores condições de trabalho e adaptação às demandas do mercado.
Se a mudança é bem planejada, os resultados promovem o envolvimento e a continuidade do processo iniciado, tornando-o irreversível e fazendo com que a empresa sinta os ajustes realizados como parte inseparável de sua identidade.
Entre muitos dos pontos positivos de uma boa gestão de mudanças, destacam-se o alinhamento estratégico, a aceitação dos colaboradores e os ganhos práticos em competitividade.
Nesta perspectiva, podemos ver que toda mudança pode causar incertezas, mas também oferece oportunidades. O enfoque em aprendizado é uma característica de uma organização que aceita processos de mudança.
Quais as principais dificuldades na gestão de mudanças organizacionais?
É comum que empresas e indivíduos encontrem dificuldades em aceitar mudanças, devido à resistência em continuar fazendo as coisas como sempre foram feitas. De acordo com Robbins (2004), essas dificuldades estão relacionadas a dois níveis: individual e organizacional.
- Nível individual: as pessoas tendem a ter reações negativas às mudanças, como sentir-se ameaçadas, ter dúvidas sobre o impacto pessoal, insegurança em relação ao desconhecido e falta de informações que possam levar a questionamentos.
- Nível organizacional: nas empresas, pode haver uma resistência estrutural relacionada a padrões de estabilidade em métodos e processos. Além disso, há preocupações quanto às ameaças aos relacionamentos de poder e recursos corporativos, e a mudança pode ameaçar zonas de conforto estabelecidas.
Por isso, é importante que as organizações que precisam de mudanças significativas estejam preparadas para esses desafios. Uma boa estratégia é contar com pessoas com experiência no negócio e sensibilidade para identificar riscos. Se essas pessoas não fazem parte da empresa, é possível usar consultorias que possam apoiar o processo de mudança. A consultoria também pode minimizar qualquer desconforto residual que a mudança possa causar.
Aspectos da Gestão de Mudanças Organizacionais
A gestão de mudanças organizacionais é uma atividade crítica para o sucesso de uma empresa, por isso é importante identificar aspectos fundamentais para o processo de mudanças. Aqui estão alguns pilares que envolvem o processo:
- Conhecimento da Organização e Cultura Organizacional: Compreender a identidade, crenças e valores da empresa é fundamental para avaliar se os resultados das mudanças serão compatíveis com o ambiente organizacional. Além disso, ajuda a antecipar problemas e a adequar o projeto.
- Conhecer as razões da mudança: As forças que podem levar a uma decisão de mudança podem ser políticas, econômicas, éticas e sociais. É importante avaliar quais dessas razões são realmente positivas para a organização e quais podem ter outros interesses por trás.
- Gerenciamento da mudança: O gerenciamento é fundamental para todas as ações de mudança, especialmente para mudanças de grande escala. É importante que a equipe responsável pelo gerenciamento seja eficiente em conhecimentos e informações, criativa, ousada em projeções de futuro, capacitada em trabalhar em equipe, adaptável a novos processos, motivadora, capacitada em comunicação e independente em assumir riscos e resolver conflitos.
- Diagnóstico organizacional: O diagnóstico é importante para compreender possíveis soluções. É importante que os responsáveis por esse processo estejam preparados e tenham recursos e objetivos claros para estabelecer prazos e expectativas. Nesta etapa, é importante ter um olhar macro dos sistemas da empresa.
Como realizar a Mudança Organizacional?
Não existe uma fórmula certa para realizar uma mudança dentro de uma organização. Existem várias metodologias diferentes, algumas mais apropriadas para organizações de produção e outras para serviços.
Em geral, para realizar uma mudança organizacional, é necessário passar por várias etapas, incluindo:
- Definir os objetivos e metas da mudança: é importante ter uma visão clara do que se pretende alcançar com a mudança. Definir objetivos e metas claros para orientar a implementação da mudança.
- Planejar a mudança: nesta etapa, é necessário planejar como a mudança será implementada, incluindo a definição de tarefas, responsabilidades, prazos e orçamento.
- Comunicação e engajamento: é importante envolver todos os funcionários e interessados na empresa no processo de mudança. A comunicação clara e aberta sobre as razões e objetivos da mudança é fundamental para o sucesso.
- Implementação: nesta etapa, é hora de colocar em prática os planos e tarefas definidos no planejamento. É importante acompanhar o progresso e fazer ajustes se necessário.
- Monitoramento e avaliação: é importante monitorar o impacto da mudança e avaliar se os objetivos foram alcançados. Isto ajuda a identificar possíveis ajustes e garantir o sucesso a longo prazo da mudança.
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Referências:
Kotter, J. P. (1999). Liderando a mudança: por que fracassam as tentativas de transformação. In Mudança (4th ed., pp. 9–26). Campus.
Robbins, S. P. (2004). Fundamentos do comportamento organizacional.