Cada vez mais empresas buscam a prospecção florestal para identificar novas propriedades e garantir o suprimento de madeira para suas unidades. Esse movimento decorre do aquecimento do mercado florestal nos últimos anos, impulsionado pela demanda crescente por madeira em projetos de celulose.
Além disso, o setor florestal vem ganhando a difícil concorrência do pujante agronegócio, que incentiva produtores independentes a conversão de áreas florestais em lavouras.
Dessa forma, um dos principais desafios para a expansão da área florestal é a identificação de boas terras para plantio a preços acessíveis. A prospecção florestal pode envolver a identificação de terras para aquisição ou arrendamento, bem como a compra de madeira.
Para garantir um bom negócio e encontrar as melhores propriedades florestais, sugerimos a prospecção em três etapas:
- Diagnóstico regional: Conhecendo o perfil das propriedades
- Prospecção florestal na Prática
- Construção de base de dados e negociação florestal
Diagnóstico regional: Conhecendo o perfil das propriedades
A prospecção é o processo de localizar potenciais terras disponíveis dentro das premissas estabelecidas pelo projeto. Para isso, é necessário realizar um diagnóstico regional preciso para poder planejar onde prospectar as fazendas. Nessa etapa, o uso de geoprocessamento e ferramentas de SIG (Sistema de Informações Geográficas) é fundamental.
O diagnóstico regional tem como objetivo obter informações sobre o uso do solo e caracterização das propriedades existentes na localidade. É importante considerar um raio de estudo viável comercialmente e analisar estrategicamente quais regiões podem atender à quantidade de terras e madeira desejada. Exemplificando, podemos ranquear microrregiões com base em fatores como:
- Uso do solo predominante: elaborado a partir de análises de imagens captadas por satélites(Sentinel, Landsat, entre outras), que passam a ser trabalhadas em diferentes programas e softwares, como o Google Earth e ArcGIS.
- Tamanho médio das propriedades: determinado por meio de bases de informações como o CAR e o SIGEF.
- Distância até a área de suprimento: avaliar a distância de cada fazenda até o local de consumo de madeira e as condições das estradas.
- Relevo: conhecer a declividade para destinar um uso do solo adequado e afetar o valor de aquisição/arrendamento da área.
- Solo: conhecer os tipos de solo existentes na região de estudo consultando as classes de solos no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos (SiBCS), onde é possível baixar mapas para cada região com os tipos de solo existentes..
Após a coleta geral de dados, é preciso ponderar os fatores mais relevantes para o projeto e ranquear as regiões mais atrativas. Então, criar mapas para seguir com o trabalho de campo.
Prospecção florestal na prática
Essa etapa do projeto exige muitos recursos e tempo. É comum alocar uma equipe de campo para visitar as áreas diagnosticadas na etapa anterior. O objetivo é encontrar os proprietários e avaliar rapidamente a possibilidade de negociação.
É importante registrar informações e fotos das características principais das propriedades. Para padronizar o conteúdo, use uma ficha de campo com informações como tamanho da propriedade, nome do proprietário, contato telefônico, uso atual, grau de utilização, distância ao asfalto e outros detalhes relevantes.
Durante o trabalho de campo, é fundamental ter acesso a softwares de navegação offline para facilitar a busca pelas propriedades. Alguns softwares úteis são Avenza, GPS Waypoint, Mapfactor Navigator, Super Surv e SW Maps.
O trabalho pode durar semanas, meses ou até ser contínuo, dependendo da necessidade de terras ou florestas do demandante. Portanto, é uma atividade que exige recursos consideráveis, mas que pode gerar bons negócios se bem aproveitada.
Base de Dados e Negociação
Para obter informações precisas e atualizadas, é essencial ter uma base de dados devidamente estruturada, que permita efetuar alterações facilmente. Para consolidar uma base de dados eficiente, alguns pontos relevantes devem ser considerados, tais como:
• Determinar quais informações coletar: é importante estruturar a base pensando nas informações necessárias para uma boa negociação e acompanhamento das oportunidades;
• Organizar as informações: é fundamental criar pastas de forma lógica para reunir as informações em um só lugar e identificar corretamente os dados recebidos de campo;
• Inserir as informações obtidas das fichas de campo em colunas para possibilitar uma análise detalhada após a coleta de informações.
Essa base de dados deve permitir que a empresa entre em contato com os proprietários para explicar o objetivo do projeto e buscar gerar acordos. Para isso, é necessário elaborar uma planilha para registrar as ligações com os contatos obtidos na etapa de campo. É importante lembrar que a base de dados deve servir como registro até para negociações futuras; uma resposta negativa hoje pode ser uma positiva em alguns anos e, por isso, manter todo histórico organizado é fundamental.
Realizar ligações e monitorar os resultados são fundamentais para uma negociação eficaz. Depois de compilar os dados, é possível avaliar quais e quantas propriedades foram efetivamente fechadas, possibilidades de negócios futuros e áreas descartadas.
Por fim, recomenda-se criar um dashboard ou painel de acompanhamento para rastrear o total de área prospectada e o quanto está em negociação, visando o progresso dos colaboradores em direção às metas pré-estabelecidas.
Experiência da Smart3 em Prospecção Florestal
A Smart3 possui uma vasta experiência em realizar prospecção de terras para diversas finalidades e em vários estados ao longo dos últimos anos.
Apenas em 2022 e no início de 2023 a Smart3 prospectou cerca de 600 mil hectares de fazendas, distribuídas em aproximadamente 1200 imóveis.
A Smart3 busca oferecer soluções de mercado e abastecimento para toda a cadeia de empresas florestais. Portanto, se necessitar de trabalhos relacionados a Prospecção de Terras, conte conosco! Fale com nossos especialistas!
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